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Mostrando postagens de julho 24, 2016

"Milagre", carisma e política

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Quando pesquisei o capítulo do meu Livro dos Milagres que trata das aparições marianas -- fenômenos em que se diz que a mãe de Jesus surge diante de testemunhas, trazendo mensagens -- dei uma busca em bases de dados internacionais, como o catálogo da Universidade de Dayton , e consultei livros como o trabalho da antropóloga Sandra L. Zimdars-Swartz, Encoutering Mary , para ver se haveria algo a mencionar no Brasil, mas não encontrei nada de especial relevância. O catálogo do Instituto Internacional de Pesquisas Marianas de Dayton listava, até 2014, sete ocorrências no país, seis ainda em aberto -- isto é, sem decisão de um bispo sobre se a aparição é ou não digna de crédito -- e uma com decisão negativa. Pesquisas subsequentes mostraram que nenhuma delas teve impacto na consciência popular comparável aos casos de que tratei no livro (Guadalupe, Lourdes, Fátima). O fenômeno de devoção mariana mais relevante para a história do Brasil, até agora, foi a descoberta da imagem original

Nanotecnologia brasileira contra o câncer

Uma equipe multidisciplinar de cientistas, envolvendo pesquisadores da Unicamp e dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio) e Nanotecnologia (LNNano) vem desenvolvendo uma tecnologia baseada em nanopartículas que pode fazer com que medicamentos quimioterápicos atinjam especificamente as células do câncer, causando um dano mínimo às células saudáveis do corpo. Os primeiros testes do modelo, em culturas celulares, já foram realizados e são descritos em artigo publicado no periódico internacional Langmuir . A íntegra da entrevista com os pesquisadores você encontra no Jornal da Unicamp .

"Fosfolclore" em tempos de teste clínico

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Com o início dos testes clínicos, devidamente controlados , da "fosfoetanolamina sintética" pelo governo do Estado de São Paulo, esta talvez seja uma boa oportunidade para tentar organizar um pouco as informações já disponíveis. Principalmente, esclarecer qual é, afinal, a relação entre a substância que o governo paulista passa a testar e o material que vinha sendo estudado pelos órgãos contratados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com resultados decepcionantes. As "fosfos", a despeito de terem todas o mesmo nome, não são todas criadas iguais. Os defensores mais aguerridos da ideia de que a "fosfo" de São Carlos teria eficácia contra o câncer atribuem os seguidos resultados negativos publicados pelo MCTI ao fato de os ensaios do ministério terem sido feitos com "fosfo da Unicamp", e não com "fosfo da USP". Isso é uma uma meia-verdade -- que, como se sabe, é um estratagema muito melhor para enrolar os incautos