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Mostrando postagens de abril 22, 2012

Astrologia e infidelidade, segundo round

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Os leitores menos caridosos talvez se lembrem da minha tentativa, comicamente inepta , de interpretar estatisticamente os resultados de uma pesquisa  do site de infidelidade conjugal  AshleyMadison.com , que "quebrou" os números de seus clientes cadastrados por signo do zodíaco e chegou aos resultados porcentuais que podem ser acessados nesta matéria do UOL  (da qual retirei a tabela abaixo). Advertido pelo Marcus, da Grande Abóbora , de que minha tentativa de aplicar um teste intuitivo de normalidade aos dados não fazia lá muito sentido, resolvi me conceder uma segunda chance de fazer papel de bobo, praticando estatística sem licença, e escrevi para o AshleyMadison pedindo os números brutos da pesquisa. Eis que, ontem, recebi-os, pelo que agradeço imensamente à assessoria de imprensa do serviço. A pesquisa foi feita com 13.491.221 usuários, sendo 71,9% homens e 28,1% mulheres. De posse desses dados, desta tabela... Homens % Mulheres % Peixes 17,8% Gêmeos 20,0% Aquá

Cotejando as cotas

Creio que, antes de se falar qualquer coisa sobre cotas raciais em universidades , primeiro é útil dissipar dois mitos: um, do de que as cotas iriam, de alguma forma, levar gente "despreparada" para o ensino superior e, o segundo, o do caráter essencialmente "meritocrático" dos exames vestibulares. Sobre o suposto "despreparo", é preciso chamar a atenção para o dado de que os vestibulares das universidades públicas são, no geral, hiperseletivos : a Faculdade de Medicina da USP, por exemplo, rejeita 98% dos candidatos, mas não porque apenas 2% dos que sonham em ser médicos estão minimamente preparados para encarar o curso, e sim por absoluta falta de vagas. É o fato de haver mais gente preparada do que vagas que torna alguns vestibulares tão competitivos. Quanto à meritocracia, ela provavelmente tem um papel na definição dos primeiros colocados, mas alguém realmente imagina que, entre os candidatos a um curso com, digamos, 100 vagas, o cara que ficou em

Minerar asteroides? Esses caras estão falando sério?

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Confirmando o hype criado no fim da última semana, a companhia Planetary Resources  apresentou-se formalmente ao público nesta terça-feira, e anunciou seu objetivo: extrair material de asteroides próximos da Terra. O que nos traz à questão de quem são esses malucos e, depois, às duas perguntas sintetizadas no título desta postagem. Quanto à identidade: seus cofundadores são dois empresários do setor de turismo espacial, Eric Anderson e Peter Diamandis; entre seus executivos há cientistas e adminsitradores que trabalharam no programa de exploração de Marte da Nasa. Chris Lewicki, o presidente da companhia, foi diretor do voo das missões Spirit e Opportunity. Quem está casando a grana são, entre outros, os caras do Google e Ross Perot Jr., que além de ser um mega-magnata do setor imibiliário, também participou do primeiro voo de helicóptero a dar a volta ao mundo. Enfim, gente talvez não muito bem equilibrada, mas certamente com um bom faro para negócios. Ao fim e ao cabo, eu vejo do