Postagens

Mostrando postagens de setembro 4, 2011

Meia tonelada caindo do céu

Imagem
A Nasa anunciou no dia 7 de setembro que um satélite de pesquisa atmosférica, o UARS -- sigla em inglês para Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera -- está voltando para casa. Sem ter sido exatamente convidado. Uma boa notícia é que, como o equipamento está desativado desde 2005, o fim do UARS não representa nenhum perigo para os programas científicos da agência espacial. A outra boa notícia é a de que cerca de 90% da massa total do satélite (de respeitáveis 5,6 toneladas) vai se desintegrar na reentrada. A má notícia é que os outros 10%, ou 532 kg, sob a forma de 26 diferentes componentes, feitos de materiais como aço, berílio e titânio, vão chegar à superfície da Terra com velocidades variando entre 75 km/h e 385 km/h (este último bólido são na verdade quatro rodas de aço, pesando 2 kg cada). Esses destroços todos  devem cair ao longo de uma linha de 800 km de extensão. A reentrada deve ocorrer ao longo dos próximos 30 dias, mais ou menos, com uma janela mais estreita entre

Ciência e fé

No fim do mês, estarei no SESC de Curitiba para dar uma palestra sobre Ciência e Fé -- mais precisamente, o tema oficial é "as diferenças entre fé e ciência como formas de produzir conhecimento e de justificar crenças". O convite para falar na capital paranaense surgiu já há vários meses, e desde então ando relendo vários clássicos pertinentes ao tema, e baixado outros tantos, furiosamente, no meu Kindle. Nesse meio tempo, no entanto, também acabei me envolvendo em outros projetos, como esta reportagem para a Galileu , a revisão e a preparação de notas para O Livro dos Milagres , a organização, ao lado de Marcelo Augusto Galvão, de uma antologia nacional de contos de Sherlock Holmes , a manutenção deste blog, a redação de uma novela de ficção científica e, desde o início de agosto, o emprego novo. O resultado é que, embora eu já tenha todo o material para a palestra pronto e organizado, anda faltando tempo para sentar e pôr as ideias em ordem no papel. Eu até que sou um ra